![\"\"](\"https:\/\/wordpress.circularactionhub.org\/wp-content\/uploads\/2021\/10\/2b980486-2db6-4947-b958-736160d5672f.jpg\")
<\/p>\nIara Meiri de Melo Moura Silva, 40 anos, m\u00e3e de dois filhos, come\u00e7ou a trabalhar no mercado de reciclagem h\u00e1 mais de 20 anos junto da m\u00e3e, que veio do Nordeste aos 17 anos para o Rio de Janeiro. Iara \u00e9 mais uma das lideran\u00e7as femininas em cooperativas de catadores (as) do Estado do Rio, na Cooperativa Beija Flor. Por tr\u00e1s do amor pela profiss\u00e3o, sempre h\u00e1 uma hist\u00f3ria de muita garra e inspira\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia que, em geral, trabalha muito unida, ensinando o of\u00edcio da cata\u00e7\u00e3o e triagem para outras gera\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Trabalhar na reciclagem n\u00e3o \u00e9 suficiente para garantir o sustento dos filhos. Portanto, Iara concilia o trabalho na cooperativa com a profiss\u00e3o de cabelereira. Com a falta de abastecimento de novos materiais e os desafios que s\u00e3o enormes, muitos jovens n\u00e3o desejam seguir no mercado. A filha de Iara, Thaismara de Melo Moura Silva, 23 anos, \u00e9 a presidente da Cooperativa Beija Flor e, o seu filho de 18 anos, estuda Tecnologia da Informa\u00e7\u00e3o. Muitas mulheres encontram na cooperativa um espa\u00e7o de acolhimento e aprendizado que vai muito al\u00e9m do trabalho de reciclagem.<\/p>\n
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\u201cTem mulheres que come\u00e7aram juntas comigo na cooperativa Beija Flor e n\u00f3s nos tornamos uma grande fam\u00edlia. Conversamos tamb\u00e9m sobre educa\u00e7\u00e3o sexual e orienta\u00e7\u00e3o sobre a educa\u00e7\u00e3o dos filhos\u201d, comenta Iara sobre o fortalecimento da solidariedade e sororidade t\u00e3o importante entre as mulheres nos dias de hoje. Na Cooperativa Beija Flor, todos est\u00e3o conectados com o mesmo objetivo, que \u00e9 ver o crescimento das pessoas. Ela retrata os desafios como a escassez de material e o valor das toneladas de pl\u00e1stico. \u201cAqui, recebemos 1 a 2 caminh\u00f5es por semana de coleta seletiva da Comlurb, mas \u00e9 preciso mais\u201d, enfatizou.<\/p>\n
Iara desabafa contando as dificuldades sobre o mercado, especialmente, durante a pandemia. \u201cAs grandes empresas deveriam ser penalizadas se n\u00e3o cuidassem de log\u00edstica reversa. Muitas \u00e1reas industriais com firmas grandes n\u00e3o querem doar o material e seguimos com diversos atravessadores\u201d. Permanecer no mercado de reciclagem exige muita uni\u00e3o dos grupos de catadores e engajamento dos profissionais no Movimento Nacional de Catadores, na luta para obter as licen\u00e7as da FEEMA, etc. \u201cA triagem dos materiais depende de muita observa\u00e7\u00e3o dos catadores no dia a dia. O meu grande desafio \u00e9 estruturar a cooperativa para crescer, comprar um caminh\u00e3o, poder ampliar o n\u00famero de cooperados\u201d, conclui.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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